"My Confession
When I was young, I had a recurrent dream that I was the lead actor in a play at my high school. The first time it happened my heart almost exploded from stage fright. As I experienced the dream more frequently, I became less nervous and began to mechanically repeat my part without even thinking about it.
The last time I had the dream I experienced an extraordinary feeling while delivering my lines to my partner. In the middle of the scene, she sneezed and it was if a spell had been broken. I was silent. She repeated her lines again - I just stared at her.What I said next did not come from the script. I described the hardships of being a sophomore without a father and detailed my actual sexual failings and frustrations. She responded by voicing the struggles she was facing silently.I then walked to the edge of the stage and confessed my personal feelings of loneliness directly to the audience. I couldn't see anyone in the darkness but I could hear quite conversations starting about the hidden parts of their lives."
http://blog.myspace.com/postsecret
http://postsecret.blogspot.com/
domingo, 21 de setembro de 2008
Sinnvoll
Chegamos à casa, ao supermercado, onde?
E minha mãe, por algum motivo, discute com meu pai: "você sempre a negligenciou!". Não foi este o termo, mas fez um puta sentido. E eu fiquei muito triste.
Depois ela veio falar comigo meio irritada, e o remédio dele caiu. "Porra, vou ter que comprar outro, de novo!". Eu não entendia por que um remédio estava inválido só por ter tombado, ainda mais dentro da caixa, fechado. Seriam mais 45 reais à toa. "Você está com muita dor? Eu saio pra comprar outro". Mas apelei ao bom senso e as coisas ficaram como estavam (seria o terceiro remédio que ela iria comprar).
Nada, a partir dali, valia a pena. Beira do mar, passeios pela Gávea, nada poderia me atrair. Era o vazio, mas um vazio grávido de sentidos.
xxx
Uma série de TV baseada no depto. da minha tia, com atores vivendo os professores - e minha avó chateada, porque o "Ciro" ia ser o coordenador da Educação. Acho que eu falei em direitos de imagem. E a atriz que ia representar a minha tia era uma gordinha naaaadavê. O Ângelo Paes Leme era o Badaró, haha.
E uma presumível festa, para a qual me arrumei com uma saia rodada e sapatos plataforma... mas os dentes estavam tão sujos, inclusive de batom... e, ainda por cima, esqueci minha necessaire. Tudo isto em Friburgo.
E minha mãe, por algum motivo, discute com meu pai: "você sempre a negligenciou!". Não foi este o termo, mas fez um puta sentido. E eu fiquei muito triste.
Depois ela veio falar comigo meio irritada, e o remédio dele caiu. "Porra, vou ter que comprar outro, de novo!". Eu não entendia por que um remédio estava inválido só por ter tombado, ainda mais dentro da caixa, fechado. Seriam mais 45 reais à toa. "Você está com muita dor? Eu saio pra comprar outro". Mas apelei ao bom senso e as coisas ficaram como estavam (seria o terceiro remédio que ela iria comprar).
Nada, a partir dali, valia a pena. Beira do mar, passeios pela Gávea, nada poderia me atrair. Era o vazio, mas um vazio grávido de sentidos.
xxx
Uma série de TV baseada no depto. da minha tia, com atores vivendo os professores - e minha avó chateada, porque o "Ciro" ia ser o coordenador da Educação. Acho que eu falei em direitos de imagem. E a atriz que ia representar a minha tia era uma gordinha naaaadavê. O Ângelo Paes Leme era o Badaró, haha.
E uma presumível festa, para a qual me arrumei com uma saia rodada e sapatos plataforma... mas os dentes estavam tão sujos, inclusive de batom... e, ainda por cima, esqueci minha necessaire. Tudo isto em Friburgo.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Da série "sonhos obivamente melhores que os meus"
Caetano Veloso - O Estrangeiro
O pintor Paul Gauguin amou a luz da Baía de Guanabara
O compositor Cole Porter adorou as luzes na noite dela
A Baía de Guanabara
O antropólogo Claude Levy-Strauss detestou a Baía de Guanabara:
Pareceu-lhe uma boca banguela.
E eu menos a conhecera mais a amara
Sou cego de tanto vê-la, de tanto tê-la estrela
O que é uma coisa bela
O amor é cego
Ray Charles é cego
Stevie Wonder é cego
E o albino Hermeto não encherga mesmo muito bem
Uma baleia, uma telenovela, um alaúde, um trem? Uma arara?
Mas era ao mesmo tempo bela e banguela a Guanabara
Em que se passara passa passará o raro pesadelo
Que aqui começo a construir sempre buscando o belo e o amaro
Eu não sonhei que a praia de Botafogo era uma esteira rolante de areia branca e de óleo diesel
Sob meus tênis
E o Pão de Açucar menos óbvio possível
À minha frente
Um Pão de Açucar com umas arestas insuspeitadas
À áspera luz laranja contra a quase não luz quase não púrpura
Do branco das areias e das espumas
Que era tudo quanto havia então de aurora
Estão às minhas costas um velho com cabelos nas narinas
E uma menina ainda adolescente e muito linda
Não olho pra trás mas sei de tudo
Cego às avessas, como nos sonhos, vejo o que desejo
Mas eu não desejo ver o terno negro do velho
Nem os dentes quase não púrpura da menina
(pense Seurat e pense impressionista
Essa coisa de luz nos brancos dentes e onda
Mas não pense surrealista que é outra onda)
E ouço as vozes
Os dois me dizem
Num duplo som
Como que sampleados num sinclavier:
"É chegada a hora da reeducação de alguém
Do Pai do Filho do espirito Santo amém
O certo é louco tomar eletrochoque
O certo é saber que o certo é certo
O macho adulto branco sempre no comando
E o resto ao resto, o sexo é o corte, o sexo
Reconhecer o valor necessário do ato hipócrita
Riscar os índios, nada esperar dos pretos"
E eu, menos estrangeiro no lugar que no momento
Sigo mais sozinho caminhando contra o vento
E entendo o centro do que estão dizendo
Aquele cara e aquela
É um desmascaro
Singelo grito:
"O rei está nu"
Mas eu desperto porque tudo cala frente ao fato de que o rei é mais bonito nu
E eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo
E entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo.
("Some may like a soft brazilian singer but i've given up all attempts at perfection")
O pintor Paul Gauguin amou a luz da Baía de Guanabara
O compositor Cole Porter adorou as luzes na noite dela
A Baía de Guanabara
O antropólogo Claude Levy-Strauss detestou a Baía de Guanabara:
Pareceu-lhe uma boca banguela.
E eu menos a conhecera mais a amara
Sou cego de tanto vê-la, de tanto tê-la estrela
O que é uma coisa bela
O amor é cego
Ray Charles é cego
Stevie Wonder é cego
E o albino Hermeto não encherga mesmo muito bem
Uma baleia, uma telenovela, um alaúde, um trem? Uma arara?
Mas era ao mesmo tempo bela e banguela a Guanabara
Em que se passara passa passará o raro pesadelo
Que aqui começo a construir sempre buscando o belo e o amaro
Eu não sonhei que a praia de Botafogo era uma esteira rolante de areia branca e de óleo diesel
Sob meus tênis
E o Pão de Açucar menos óbvio possível
À minha frente
Um Pão de Açucar com umas arestas insuspeitadas
À áspera luz laranja contra a quase não luz quase não púrpura
Do branco das areias e das espumas
Que era tudo quanto havia então de aurora
Estão às minhas costas um velho com cabelos nas narinas
E uma menina ainda adolescente e muito linda
Não olho pra trás mas sei de tudo
Cego às avessas, como nos sonhos, vejo o que desejo
Mas eu não desejo ver o terno negro do velho
Nem os dentes quase não púrpura da menina
(pense Seurat e pense impressionista
Essa coisa de luz nos brancos dentes e onda
Mas não pense surrealista que é outra onda)
E ouço as vozes
Os dois me dizem
Num duplo som
Como que sampleados num sinclavier:
"É chegada a hora da reeducação de alguém
Do Pai do Filho do espirito Santo amém
O certo é louco tomar eletrochoque
O certo é saber que o certo é certo
O macho adulto branco sempre no comando
E o resto ao resto, o sexo é o corte, o sexo
Reconhecer o valor necessário do ato hipócrita
Riscar os índios, nada esperar dos pretos"
E eu, menos estrangeiro no lugar que no momento
Sigo mais sozinho caminhando contra o vento
E entendo o centro do que estão dizendo
Aquele cara e aquela
É um desmascaro
Singelo grito:
"O rei está nu"
Mas eu desperto porque tudo cala frente ao fato de que o rei é mais bonito nu
E eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo
E entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo.
("Some may like a soft brazilian singer but i've given up all attempts at perfection")
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Coisas do mundo, minha nêga
Num ônibus escolar em excursão, pra onde íamos? De onde vínhamos? As estradas tinham árvores, o céu era azul, e de repente passamos por índios que não se incomodam em ocupar o meio da rua com seus rituais; quando carros passam velozes, irritados, eles não mudam muito de lugar. Nosso ônibus também passa por eles e quase atropela um ou dois (seriam índios meio hare-krishnas?). Eu olho para trás e vejo um deles olhando pra mim com raiva, torço pra que não me faça um feitiço ou algo assim. E neste meio tempo acho um pé de tênis amarelo, cano alto, pergunto de quem é mas ninguém responde. Acho o outro pé debaixo da cama da minha mãe e resolvo esconder, pra ficar com o par pra mim, e minha mãe me apóia.
Depois, acompanhando Nara Leão no início de sua carreira. Achei que estaríamos em São Paulo mas não, ela vai nos guiando, falando de quando chegou à cidade e eu realmente começo a reconhecer a paisagem, é a Lagoa, é o Rio, e de repente me dá uma bruta vontade de chorar, mas me contenho e fico emocionada, só.
Por fim, nalgum lugar entre meu condomínio e uma praia, havia cadeiras, Iguinho, talvez meu irmão, e eu vendo crianças fofas, uma garotinha moreninha de olhos verdes que pego no colo e um menininho loirinho que me mostra seu álbum de fotos com os pais. Fico curiosa por saber como os pais são, e de alguma forma consigo espiar a vida deles no passado. Vejo o casal numa festa, a mulher é um pouco gorda e parece cansada; o homem é ainda bonito e presta atenção nas pernas de uma outra moça que está por ali, provocando-o, e sua mulher percebe, com irritação. Desaprova com a cabeça.
Depois, uma outra acaba tirando a roupa e ele corre para agarrá-la, o que me dá um susto.
xxx
(eu sei, mas não saio da casa de bonecas... não por muito tempo)
Depois, acompanhando Nara Leão no início de sua carreira. Achei que estaríamos em São Paulo mas não, ela vai nos guiando, falando de quando chegou à cidade e eu realmente começo a reconhecer a paisagem, é a Lagoa, é o Rio, e de repente me dá uma bruta vontade de chorar, mas me contenho e fico emocionada, só.
Por fim, nalgum lugar entre meu condomínio e uma praia, havia cadeiras, Iguinho, talvez meu irmão, e eu vendo crianças fofas, uma garotinha moreninha de olhos verdes que pego no colo e um menininho loirinho que me mostra seu álbum de fotos com os pais. Fico curiosa por saber como os pais são, e de alguma forma consigo espiar a vida deles no passado. Vejo o casal numa festa, a mulher é um pouco gorda e parece cansada; o homem é ainda bonito e presta atenção nas pernas de uma outra moça que está por ali, provocando-o, e sua mulher percebe, com irritação. Desaprova com a cabeça.
Depois, uma outra acaba tirando a roupa e ele corre para agarrá-la, o que me dá um susto.
xxx
(eu sei, mas não saio da casa de bonecas... não por muito tempo)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Dois olhos negros
Princesinha russa num carro da família real britânica que de repente, não mais que de repente, vira uma puta. Foi desmascarada. E Max já fazia planos de vir almoçar aqui em casa, e trazer pessoas, pra conhecê-la melhor.
A moça nos leva até o prédio em que se prostitui, vemos sua cafetina e uma outra menina meio zumbi, com olhos negros (iguais aos dos fantasmas do filme do Zé do Caixão). A russa, que na verdade é brasileira (eu começara a desmascarar quando perguntei algo em português e ela respondeu, em inglês mas respondeu), fala de um médico, possivelmente ginecologista, que está atacando várias moças e fazendo estragos como os da moça dos olhos negros.
Revoltada, resolvo intervir e eis que aparece o rapaz que conserta os computadores. Grito por ele, ele pára o carro e vem e eu peço sua ajuda, porque ele tem uma microcâmera filmadora, dessas de espionagem, e então vamos juntos ao consultório do tal médico.
Chegamos, sentamos, eu pego a câmera e começo a tirar fotos, gravar. O ambiente é familiar; na verdade, parece estar rolando uma festa de família, pessoas cantam e bebem, e eu penso que isso é extremamente inoportuno pruma clínica. O tal médico/monstro aparece, fala de sua formação numa universidade do exterior (desdenho), e acaba por me liberar.
Saindo de lá, percebo que ele nem ao menos me examinou. E o moço do computador ficou. Procuro por ele, volto lá e me dizem que ele quis ficar e ver melhor a vista nos andares de cima. Subo, o prédio é velho e decadente, vejo salas de escritórios, até que localizo o moço.
E ele agora tem dois olhos negros.
A moça nos leva até o prédio em que se prostitui, vemos sua cafetina e uma outra menina meio zumbi, com olhos negros (iguais aos dos fantasmas do filme do Zé do Caixão). A russa, que na verdade é brasileira (eu começara a desmascarar quando perguntei algo em português e ela respondeu, em inglês mas respondeu), fala de um médico, possivelmente ginecologista, que está atacando várias moças e fazendo estragos como os da moça dos olhos negros.
Revoltada, resolvo intervir e eis que aparece o rapaz que conserta os computadores. Grito por ele, ele pára o carro e vem e eu peço sua ajuda, porque ele tem uma microcâmera filmadora, dessas de espionagem, e então vamos juntos ao consultório do tal médico.
Chegamos, sentamos, eu pego a câmera e começo a tirar fotos, gravar. O ambiente é familiar; na verdade, parece estar rolando uma festa de família, pessoas cantam e bebem, e eu penso que isso é extremamente inoportuno pruma clínica. O tal médico/monstro aparece, fala de sua formação numa universidade do exterior (desdenho), e acaba por me liberar.
Saindo de lá, percebo que ele nem ao menos me examinou. E o moço do computador ficou. Procuro por ele, volto lá e me dizem que ele quis ficar e ver melhor a vista nos andares de cima. Subo, o prédio é velho e decadente, vejo salas de escritórios, até que localizo o moço.
E ele agora tem dois olhos negros.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Comendo chocolates
Pra adoçar esta super terça com cara de pesadelo. [/VF]
Eu no apartamento de Samon? Otto?
Enfim, acho que era na Barra/Icaraí. Eu estava na varanda e dava pra ver um cara no prédio em frente, não sei bem o que ele fazia, mas era amigável. Até que a caneta que estava na minha mão caiu lá de cima... e eu lembrei da Hilda.
Começou a me faltar ar, eu não conseguia respirar, estava na iminência de um ataque de pânico e resolvi sair do apartamento, acho que falei que ia "tomar um ar". Zezinho, a namorada, Samon e mais alguém desceram também, todos fomos andando pela Moreira Cesar (àquela altura, o apto. era em Icaraí, em cima do McDonald´s). Acho que Zezinho disse que a namorada ia também, por isso íamos todos juntos.
Mas, a partir de algum momento, eu soube que aquilo era um flashback, pois a namorada dele tinha morrido. A cena se repetiu algumas vezes: o carro dele em alta velocidade, num lugar meio "Centro", um cruzamento, um helicóptero da polícia mandando ele parar. O carro de frente pro helicóptero. Engraçado é que apesar da cena se repetir várias vezes (e já percebi que tem a ver com uma seqüência do tal Entourage, que eu vi ontem), eu não me lembro de como ela morria. Mas então eu estava de volta ao apartamento, e todos lamentavam muito. Eu chorava, chorava... e pensava na Hilda também. Fiquei ainda mais triste quando pensei que teria de contar pros meus pais, eu e Alex viemos pra casa, mas ele contou sem que eu percebesse, o que me irritou um pouco.
xxx
Voar no catamarã. Sol, mar, e o bicho fazendo curvas enormes, gigantes, altíssimas, e eu me segurando na proa... medo e excitação.
xxx
Atravessar a ponte de barca: junta-se tudo.
E mais um pouco de raiva e desejo, claro.
Eu no apartamento de Samon? Otto?
Enfim, acho que era na Barra/Icaraí. Eu estava na varanda e dava pra ver um cara no prédio em frente, não sei bem o que ele fazia, mas era amigável. Até que a caneta que estava na minha mão caiu lá de cima... e eu lembrei da Hilda.
Começou a me faltar ar, eu não conseguia respirar, estava na iminência de um ataque de pânico e resolvi sair do apartamento, acho que falei que ia "tomar um ar". Zezinho, a namorada, Samon e mais alguém desceram também, todos fomos andando pela Moreira Cesar (àquela altura, o apto. era em Icaraí, em cima do McDonald´s). Acho que Zezinho disse que a namorada ia também, por isso íamos todos juntos.
Mas, a partir de algum momento, eu soube que aquilo era um flashback, pois a namorada dele tinha morrido. A cena se repetiu algumas vezes: o carro dele em alta velocidade, num lugar meio "Centro", um cruzamento, um helicóptero da polícia mandando ele parar. O carro de frente pro helicóptero. Engraçado é que apesar da cena se repetir várias vezes (e já percebi que tem a ver com uma seqüência do tal Entourage, que eu vi ontem), eu não me lembro de como ela morria. Mas então eu estava de volta ao apartamento, e todos lamentavam muito. Eu chorava, chorava... e pensava na Hilda também. Fiquei ainda mais triste quando pensei que teria de contar pros meus pais, eu e Alex viemos pra casa, mas ele contou sem que eu percebesse, o que me irritou um pouco.
xxx
Voar no catamarã. Sol, mar, e o bicho fazendo curvas enormes, gigantes, altíssimas, e eu me segurando na proa... medo e excitação.
xxx
Atravessar a ponte de barca: junta-se tudo.
E mais um pouco de raiva e desejo, claro.
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