domingo, 13 de abril de 2008

...and couting!

Esta semana teve de um tudo: Jay (parceiro do Silent Bob); o amigo gay do Marcelo que morava no Leblon; meu orientador na França; eu e Alex, enfim; mas hoje... eu peguei um Catamarã pra atravessar a Baía, acho que com a minha prima. Havia uma mulher negra comandando, ou "dirigindo", e a minha prima foi avisar a ela que eu tinha medo e estava meio enjoada. A mulher acelerou o bicho a toda velocidade e eu resolvi tampar os olhos. A velocidade me dava uma espécie de alívio, porque sentia que ia chegar logo a Niterói... mas eis QUE eu vejo um avião vindo. "Ah, não, não é possível". Olho pra trás: o Santos Dumont já está meio longe, o que ele está fazendo ali?
O avião faz a curva muito, muito perto do Catamarã, e parece ir pousar numa plataforma de petróleo. Mas não: ele ainda faz uma curva e, ao invés de descer no aeroporto, pousa n´água. É de noite. Muito escuro. E eu penso "puta que pariu!!! De novo!". A partir daí, o barco, ainda em toda velocidade, começa a desviar de pessoas que andam pela Baía (em cima d´água mesmo), eu vejo confusão à frente, fogo, penso que alguma merda aconteceu em Niterói.
Aliás, isso me lembra o sonho em que atravessava a ponte de carro e havia confusão com policiais e cachorros, bastante parecido.

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Eu e Alex perto do Museu da República, vendo alguma palestra. Encontro Lucinha, ficamos ambas bem felizes e ela vem me falar de seu aniversário, meio em segredo, como se fosse uma festa pra poucas pessoas. Fico com fome, a palestra está chata, penso em ir ao Bistrô do museu pra comer algo.
E depois, vendo TV, um documentário meio antigo sobre "a filha de Caetano", e a mulher dele (da tal época) narra, a TV mostra prédios no Flamengo e ela vai mostrar em qual deles moram, e eu penso "que perigo, as pessoas vão saber, podem ir lá assaltá-los".

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Mais um da série "Desastres Aéreos"

Estou na "PUC", à noite, e no intervalo da aula do meu orientador eu saio e fico vendo vitrines. Detalhe: a aula é mais ou menos no prédio da análise. Entro em uma loja, no mesmo prédio, e compro uma bolsa. Saio, ando pela rua, e acho outras bolsas bonitas, além de um par de botas pretas que custam 10 reais. Peço as botas à vendedora, mas ela vem pro "cabide" das tais bolsas e escolhe uma, sem que eu tenha alguma reação, embrulha e me dá. Nisso, vejo do outro lado a minha mãe passando com um olhar de desaprovação. A vendedora comenta com alguém "ela vai levar uma bolsa linda!".
Lembro que a aula já deve ter recomeçado, mas não tenho muita pressa, apesar de que já sinto culpa. Chego de volta ao prédio e pego o elevador, que é bem pequeno, mal iluminado, e ainda por cima homens grandes e gordos entram também. Tenho medo de que ele caia.
Estou no hall, novamente, e tenho quase certeza de que a aula acabou, há muita gente andando pra cá e pra lá, não consigo achar ninguém da minha turma... até que avisto Santiago. Vou até ele, que está sentado numa mesa, e pergunto o que vai ser lido na próxima aula. "Ah, ele indicou um texto do Walter Benjamin que tá na xerox, e um outro, mas que você sabe que não vai ser lido na aula que vem". Eu procuro minha mãe, mas ela não está por ali. Com dificuldade, escrevo no caderno o que Santiago me diz, até que vejo que desenhei uns arabescos, como algo que enfeita uma porta, e que, claro, é completamente ilegível. Chamo Santiago e mostro, meio estupefata, tipo "como vou ler isto aqui?".
Então, eu estou esculpindo/construindo uma porta de madeira, e Santiago tem um sr. pra esculpir a dele, mas aparentemente o cara fez algo errado e ele dá um baita esporro sinistro, que inclusive chama a atenção do meu orientador (Santiago grita coisas como "você é um artesão, um merda!").
Estamos novamente sentados na mesa, e de alguma forma nos aproximamos do meu orientador, que está conversando com um orientando. Me sinto um pouco desconfortável, como se estivesse sendo invasiva, mas está tudo bem, e a certa altura ele comenta algo sobre "ah, ok ouvir vozes" e eu digo "não, de jeito nenhum! Nada ok!".

E aí acontece: olho pro céu e vejo um avião voando razoavelmente baixo. Olho pro outro lado, e há um avião vindo ao encontro dele; meio ansiosa, mas positiva e levemente empolgada, comento com Santiago: "vai bater!".
Olho melhor e agora vejo que há realmente um avião, dois helicópteros (que, safos, se distanciam) e um terceiro helicóptero, que eu confundira com um avião, que é grande e vermelho, aparentemente dos bombeiros, e pára no ar pra tentar não bater no avião, mas não consegue evitar o choque, que é um pouco leve, meio de lado, mas ouvimos o barulho, e o helicóptero vermelho cai "em queda livre", é um susto do caralho. Logo, uma fumaça enorme se levanta e começa a invadir nosso "hall". Santiago respira fundo e coloca a camiseta no rosto. Eu procuro minha mãe com os olhos, mas nada. Saio correndo pra pegar um copo d´água, as pessoas se acotovelam pra isso também, alguns chegam perto do enorme helicóptero caído (talvez curiososo em verem as vítimas). Tenho medo de que exploda, tenho medo de morrer. Respiro fundo também, mas de alguma forma é inútil. Continuo sem achar minha mãe.
Faço um carinho de leve na cabeça do meu orientador, que já está com a camiseta cobrindo o rosto. Resolvo sair correndo, como a maioria das pessoas faz.
Na rua, corro e tenho vontade de chorar. Choro muito pouco. Que bom que meu celular está ligado.

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Viagem ao Paiol Grande, subindo as ruas do Bairro de Fátima? Estamos no ônibus, muitos fazem muita bagunça, zoam quem passa na rua. Eu zôo tanto alguém, que quase caio do ônibus. E há no meio das pessoas um menino que estudou comigo na 4a série, cujo nome eu não lembro, e que nem era próximo. Por algum motivo obscuro, meu insconsciente resolveu desenterrar a criatura.