sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pesadelando

Eu, no meu quarto, ouço barulhos cadenciados, como alguém numa cadeira de balanço. Fico com medo e penso "eu vou olhar no corredor, e é melhor que haja alguém nesta cadeira". Abro a porta, e está lá, a cadeira se movendo sozinha.
O curioso é que quando fico com medo, geralmente mesmo nos sonhos, fico paralizada. Mas neste, não: saio correndo pelo corredor mesmo, passo pela cadeira já gritando "mãeeeeeeee", e assim acordo, falando "mãe", com medo, mas paralizada.

xxx


A outra parte envolve uma criança cujos pais não querem tomar conta em pleno Natal/Ano novo; Halle Berry (que vira mãe da criança) e eu; o box do banheiro dos meus pais com um edredon e os dois gatos pretos (eu morrendo de medo que eles brigassem); andar de carro e ver um acidente, uma bicicleta caída na estrada e, de relance, o cadáver (mas viro rápido o rosto), todos dentro do carro ficam consternados; reveillon na casa de S com toda família lá, uma casa no alto, com ladeira e vista pra lagoa de Piratininga. No fim, alguém me dá uma carona e desce velozmente, mesmo eu avisando que sinto muito medo. Como se quisesse dizer "que bobagem, olha como é legal".
Sentimento: a velha frustração, o inacabado.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Eh, mais um. Que faz todo sentido, já que eu comecei a ler e dormi.

Estávamos preparando o trabalho final do semestre, que era em grupo. Isabela estava no meu. Era uma tarde ensolarada, acho que prazo final pra entrega, e corríamos contra o tempo preparando algo meio "artístico". Acho que a todo momento eu mudava de idéia, achava melhor fazermos isto ou aquilo. Lembro de um momento em que vi uma cena linda de um campo verde com alguns elementos vermelhos, e pedi a câmera do Alex emprestada, pois a foto seria parte ou o trabalho mesmo (com alguma justificativa meio tosca, que não lembro).
Lembro de ter pensado ou sentido que mais uma vez ia fazer um trabalho "nas coxas", mas eu estava empolgada.

De mim para comigo mesma.

Nota mental: achar o poema do Kokoschka.

Hoje: fragmentos esparsos (como quase sempre). Eu, meu pai e H (dirigindo) pela ponte, indo pro Rio. Ele estava um pouco bêbado. Na altura do Aterro, as pessoas atravessavam a rua cheias de medo, porque os carros iam absurdamente velozes. Eram muitas pessoas querendo atravessar, muitas em idade escolar. H desviava delas, com dificuldade, e eu pensava que algumas das que tinham ficado pra trás já deviam ter sido atropeladas, dada a fúria dos carros e a forma como elas se arriscavam.
Antes, ou depois, várias pessoas no Campo de São Bento. Era de dia, luz matinal, e a mulher de H estava lá. Não lembro exatamente dos outros presentes.
Por fim, eu brincando com o Costelinha e pensando seriamente sobre o momento em que ele morrer, imaginei (vi) seu corpo sendo enterrado, ou pronto pra isso.
Sentimentos: uma certa leveza e bem-estar, talvez, na parte do Campo. Mas angústia e tristeza nas outras.